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A obesidade e a saúde reprodutiva do homem. A obesidade causa infertilidade.

A misteriosa dança da vida começa com uma célula encontrando outra – um espermatozoide encontrando um óvulo. Mas o que acontece quando essa dança é interrompida por uma questão aparentemente não relacionada: a obesidade masculina? A resposta a essa pergunta, como você verá neste artigo, é uma mistura complexa de biologia, endocrinologia, urologia e até mesmo psicologia. À medida que avançamos na era da medicina personalizada, com o nosso entendimento sobre a complexa interação de genes, ambiente e estilo de vida, surge a necessidade de analisar com mais profundidade as influências que a obesidade pode ter na infertilidade masculina. Convido-o a explorar este intrigante paradoxo da vida moderna: como o ganho de peso pode impactar a capacidade de um homem de ser pai.

O vídeo aborda a relação entre a obesidade e a infertilidade feminina. As mulheres obesas ou com sobrepeso, especificamente aquelas com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 a 35, tendem a ter alterações hormonais que afetam o ciclo menstrual. Isso acontece porque o tecido adiposo é convertido em androgênio por meio de um processo chamado aromatase, resultando em um aumento do hormônio LH que, por sua vez, impede a ovulação e consequentemente a concepção.

Mesmo que algumas mulheres obesas menstruem regularmente, isso não garante que a ovulação esteja ocorrendo. Outras manifestações como irregularidade menstrual e síndrome dos ovários policísticos também são frequentes e estão associadas à dificuldade de engravidar. Estudos indicam que a perda de 8 a 10% do peso atual pode aumentar significativamente as chances de concepção. A redução de peso interrompe o processo de aromatase, permitindo que os níveis de estrogênio se normalizem, o ciclo menstrual regularize e a ovulação retorne.

Porém, o peso em excesso não afeta todas as mulheres da mesma maneira. Há casos em que mulheres obesas engravidam sem perceber, devido à irregularidade menstrual e à falta de reconhecimento do próprio sobrepeso. A obesidade também pode aumentar os riscos durante a gravidez, incluindo hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, diabetes gestacional e óbito fetal intrauterino. Por isso, a recomendação é procurar atendimento médico para avaliar e tratar a obesidade, que é considerada uma doença crônica.

Olá! Hoje o nosso vídeo vai ser sobre a obesidade infertilidade. Por que é que as mulheres que estão obesas têm mais dificuldade para engravidar? Isso é verdade? Vamos lá! Vamos sanar algumas dúvidas! Sim, a obesidade atrapalha nas tentativas para engravidar, por quê? A mulher quando ela está com sobrepeso ou obesidade mórbida, ela tem algumas alterações hormonais ocorrendo no seu organismo e com isso atrapalha o seu ciclo menstrual. Como que isso acontece as mulheres obesas, com IMC acima de 30, 35, o que ocorre é que o tecido adiposo, ele é convertido em andogênio e o estrogênio é convertido em andogênio por um processo chamado aromatáse. E o que isso faz no corpo das mulheres? Isso aumenta o LH, aumenta o hormônio do ciclo menstrual e ela não ovula, se não ovula, não engravida, não tem a liberação do óvulo, não tem um encontro do óvulo com o espermatozoide, não tem a fecundação propriamente dita e também não tem a gravidez. Muitas mulheres obesas, elas chegam ao consultório falando “Estou acima do meu peso, porém estão menstruando normalmente e por que não engravido?” Porque esse processo está acontecendo no seu organismo. Apesar de estar menstruando todo mês, essa menstruação, esse ciclo, ele não está sendo capaz de promover uma ovulação. Muitas mulheres obesas, elas cursam com irregularidade menstrual, essa irregularidade menstrual muitas vezes, elas dão indício maior de que algo não está acontecendo bem no seu organismo e que vai ter mais dificuldade para engravidar. Associado a isso, a obesidade ela está saciada também com uma síndrome metabólica, associada com uma resistência à insulina, com a síndrome dos ovários policístico, que também alteram essa fisiopatologia no corpo da mulher e com isso diminuir as chances de gravidez. Para esses pacientes que estão obesas, o que a gente precisa fazer? Primeiro, orientar e emagrecer. Estudos mostram que se essa paciente, ela perde de 8 a 10 por cento do seu peso atual, elas têm uma maior facilidade de engravidar. Então a gente tem que encarar a obesidade, não como uma condição física naquele momento daquela mulher e sim como uma doença. A obesidade hoje em dia, ela já é tida como uma doença crônica que deve ser tratada. E o que acontece no nosso organismo quando a gente emagrece? A gordura, ela vai parar de sofrer esse processo de aromatáse, então ela vai parar de ter essa diferenciação celular com os androgênios e com isso o estrogênio, ele começa a estar mais ativo na vida da mulher e com isso o ciclo menstrual vai voltando ao normal e com o tempo essa ovulação vai se restabelecendo e com relação reestabelecida as chances de gravidez retornam. Mas isso acontece com todas as mulheres obesas? A grande maioria e o ideal é que se você está pensando em engravidar, procure seu médico, faça uma avaliação. Muitas mulheres estão acima do peso, mas não têm a percepção desse sobrepeso, dessa obesidade, porque acostumam-se com o seu próprio peso. Podem ocorrer casos em que uma mulher obesa, ela engravida e ela não sabe que ela está grávida assim a gente vê na mídia alguns casos disse. O que acontece são mulheres que já não têm a menstruação regular, às vezes já não menstruam há anos, porque estão acima do peso, então não estão ovulando, não está tendo ciclo menstrual, ela vai ganhando mais peso e como ela não está menstruando e já não estava há muito tempo. Esse ganho de peso, ela não está sentindo muita diferença no seu corpo. Algumas coisas mudam, como o mal estar e chega no médico para fazer um exame de rotina, reclamando que ainda não está menstruando e de repente o médico faz um exame ultrassom e ela se percebe grávida. Sim existe isso! É comum? É relativamente comum acontecer isso. A gente não pode deixar que isso aconteça, por isso que as mulheres têm que procurar sempre o médico, porque a obesidade também traz problemas na gravidez. Risco quando essa mulher grávida, porque a gente sabe que nas pessoas aumenta-se o risco de hipertensão arterial na gravidez, com risco de eclâmpsia, de pré-eclâmpsia e de diabetes gestacional levando ao óbito fetal intra utero. Então o que eu oriento para as mulheres? Sim, a obesidade está relacionada com a infertilidade, a obesidade é uma doença crônica, deve ser tratada. Então procure seu médico, faça uma avaliação e se cuide. Se você gostou do nosso vídeo, inscreva-se no nosso canal, dê o seu like e ative o sininho de notificação!

infertilidade masculina tem, em grande parte dos casos, uma causa idiopática, isto é, mesmo após investigação apropriada não é possível encontrar o que está causando a dificuldade para haver a reprodução. Aposta-se assim em  causas comuns como as doenças hormonais, obesidade, determinadas medicações, varicocele (varizes nos testículos que atrapalham a produção dos espermatozoides), infecções, uso de drogas, entre outras.
Uma dessas causas comuns, a obesidade masculina, está associada a diferentes condições urológicas como presença de pedra nos rins, aumento da próstata, redução nos níveis de testosterona, disfunção sexual e infertilidade. A urologia é a especialidade cirúrgica médica que estuda o trato urinário de ambos os sexos e o trato reprodutivo masculino. Em relação especificamente à reprodução assistida*, homens acima do peso (mesmo não sendo necessariamente obesos) apresentam menores taxas de concepção por meio da fertilização in vitro.
Atualmente são feitos diversos estudos para justificar essas associações, mas as explicações ainda não estão muito claras, principalmente porque é muito comum que pacientes obesos apresentem outras questões como diabetes ou aterosclerose que podem ser de fato as responsáveis pelas associações encontradas nas diferentes pesquisas. Em relação à infertilidade, alguns estudos** já mostraram que a chance de produzir menos espermatozoides aumenta com o ganho de peso, o que também comumente ocorre com o avanço da idade.
Na verdade, o que se sabe é que a prática de atividade física regular, a alimentação balanceada e não ser fumante ajudam a melhorar grande parte das condições associadas à obesidade e à saúde reprodutiva do homem. Em relação à capacidade de reprodução, quando essas mudanças não forem o suficiente, em certos casos, o médico especialista poderá prescrever o uso de medicação; posteriormente, se essa também não surtir efeito, ainda seria possível buscar os benefícios da reprodução assistida.

No mesmo espectro, a obesidade também é um fator crucial na infertilidade feminina, especialmente em mulheres obesas com índice de massa corporal (IMC) elevado, frequentemente associado à obesidade mórbida. A síndrome metabólica, muitas vezes vinculada à obesidade, pode dificultar ainda mais a concepção, assim como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), condição que afeta muitas mulheres obesas. A perda de peso pode, nesse caso, desempenhar um papel fundamental na melhoria da fertilidade dessas mulheres. No entanto, é importante frisar que a obesidade é um estado crônico e que a simples perda de peso pode não ser suficiente para reverter totalmente os problemas de infertilidade. Nesse sentido, a cirurgia bariátrica tem se mostrado uma alternativa viável e eficaz para aquelas que lutam contra o excesso de peso. Contudo, os benefícios da cirurgia devem ser cuidadosamente ponderados em relação aos riscos potenciais, e a decisão deve ser tomada em conjunto com um profissional de saúde qualificado.

*Obesity (Silver Spring). – Male adiposity impairs clinical pregnancy rate by in vitro fertilization without affecting day 3 embryo quality. – Merhi ZO, Keltz J, Zapantis A, Younger J, Berger D, Lieman HJ, Jindal SK, Polotsky AJ.

** International Journal of General Medicine – Association of body mass index with some fertility markers among male partners of infertile couples – Masoumeh Hajshafih, Rasul, Ghareaghaji, Sedigheh Salem, Nahid Sadegh-Asadi, Homayoun Sadeghi-Bazargani, 

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Dra. Juliana Amato

Dra. Juliana Amato

Líder da equipe de Reprodução Humana do Fertilidade.org Médica Colaboradora de Infertilidade e Reprodução Humana pela USP (Universidade de São Paulo). Pós-graduado Lato Sensu em “Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida” pela Faculdade Nossa Cidade e Projeto Alfa. Master em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva. Titulo de especialista pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e APM (Associação Paulista de Medicina).

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